/* */

DIGITO

2005/04/11

passeio no subúrbio

Tarde de domingo. Por força maior, pego o carro em direção à Ceilândia. Isso mesmo! Aquela cidade citada em "Faroeste Caboclo". Aparentemente, tranqüila. Mas, vejo que o estigma não é apenas preconceito. É o arame farpado, a grossura das grades e a altura dos muros decorando as casas. Pequenas e grandes prisões. Como se anjos da morte espreitassem as casas para lhes roubarem a vida ou um alfinete. E o sol se esconde sem que eu perceba. Já é tarde. Os becos ficam escuros. E olhos parecem me perseguir. Não há aonde correr. Nem gritar. Estão todos surdos e mudos...